terça-feira, 29 de junho de 2010

MÉDICOS DO FERREIRA (EM ESTADO DE GREVE) DIVULGAM DOCUMENTO

 Médicos do Hospital Ferreira Machado divulgam novo documento reivindicatório e permanecem em estado de greve até o atendimento de suas exigências: medicos-hfm20001.pdf

sexta-feira, 11 de junho de 2010

MÉDICOS DO FERREIRA MACHADO CONTINUAM MOBILIZADOS E INDIGNADOS

A Direção da Fundação Dr. João Barcelos Martins, mantenedora do Hospital Ferreira Machado, enviou documento em resposta às reivindicações dos Médicos do Hospital Ferreira Machado que, em primeira análise, foi considerada insatisfatória  por não estabelecer prazos  e não aceitar negociação de alguns tópicos. Oportunamente serão divulgados  documento e os rumos do movimento reivindicatório. Os médicos permanecem mobilizados e indignados.

sábado, 5 de junho de 2010

MÉDICOS DO FERREIRA MACHADO REIVINDICAM E AMEAÇAM GREVE

Médicos do Ferreira Machado divulgam documento reivindicatório e  dão prazo até  as 19 hs da próxima quinta feira, dia 10/06/10 .

Ao presidente da Fundação Barcelos Martins
Aos gestores da saúde de Campos dos Goytacazes e do Hospital Ferreira Machado
Nós, médicos do Hospital Ferreira Machado, INDIGNADOS, não conseguimos entender o porquê da assistência à saúde, em todos os níveis, em nossa cidade, anda tão precária que acaba sobrando e prejudicando o funcionamento normal do HFM, obrigando-o, sempre, a resolver todas as mazelas da saúde (ponto final), abarrotando-o de gente e de trabalho insano, prejuízo inegável da qualidade e da boa convivência entre todos (médicos, pacientes, demais profissionais, administradores, etc.). Não se consegue em saúde, em outras profissões talvez... realizar um trabalho digno e contínuo, a quem quer que seja, quando constantemente deparamos com falta de matéria prima, medicamentos, órteses e próteses, fios de sutura, gaze, esparadrapo, seringas, agulhas, etc. Coisas estas que, diuturnamente, estão com sua demanda reprimida, o que faz com que não possamos conviver com a programação de compras, as licitações, os pagamentos e as entregas destes materiais sempre atrasados e fora de propósito, ficando nós e os pacientes, que deles necessitam, à mercê do descaso de quem compra e entrega. Isto não mais será sequer entendido quanto mais aceito, num grande hospital de urgência e emergência. Não pode existir trabalho escravo na saúde, pois ela é o ponto primordial de uma boa existência e, é por isto e para isto, que aqui estamos reivindicando em estado de pré-greve, tudo o que abaixo reiteramos, conclamando à(s) direção(ões) a zelar e lutar pela dignidade e operacionalidade desta classe que, sem dúvida, é quem decide os rumos do bem-estar de toda a população de um lugar, seja ele grande ou pequeno, capital ou município.
Vamos lá:

  1. Planos de cargos e salários, já. É inadmissível que profissionais do gabarito que aqui existem, concursados, que trabalham com resolutividade em nível terciário, muitos com longa bagagem de conhecimento e serviços prestados à emergência, percebam no final de cada mês, em seus proventos, quantia igual a de um recém-formado, a quem sempre ajuda, ensina e socorre, tendo por base sua experiência profissional, adquirida em longas e intermináveis jornadas, nos muitos anos de uma abnegada profissão. Não se esqueçam: trabalhar em boas condições é imprescindível, como também o é, obter-se remuneração digna que permite educar e prover seus filhos. Isto também é luta de classe. 

  2.  Rever e reaparelhar o Centro Cirúrgico, para que as cirurgias complexas possam ser realizadas e finalizadas com tranquilidade pelos profissionais gabaritados que aqui existem, sem que haja mais stress do que o momento já impõe. Não venham somar à falta de material e mão de obra.

  3.  Voltar a servir as refeições dos médicos em um local apropriado (anexo ao quarto), com gabarito e quantidade diária necessária para um profissional que não tem hora, na maioria das vezes, de se dirigir a um refeitório superlotado, tímido e mal cuidado.

  4. Retorno do quarto dos médicos no setor de emergência, com melhores condições de higiene e acomodação (geladeira, ar condicionado, televisão, computador, etc.).

  5. Inaugurar e manter o serviço de recuperação pós-anestésico, em condições ideais, para, se ou quando necessário, oferecer suporte a qualquer paciente em tempo integral, até que se providencie sua vaga em UTI. Este é um hospital de EMERGÊNCIA. Não podemos, e nem devemos, partir para a "escolha de Sofia".

  6. Todo andar (serviço) deve ter uma sala com material de ressuscitação cárdio pulmonar (mal súbito) para ser usado toda vez que seja necessário dar suporte prioritário de vida a um paciente, até que sua vaga na UTI aconteça.

  7. Aumento de todo pessoal médico, pois este Hospital, pelo acordo feito nas cúpulas políticas, tem que se programar para oferecer atendimento a uma população de mais ou menos um milhão de pessoas, distribuídas pelos municípios vizinhos, pois ele é o primeiro lugar a ser procurado em função da sua resolutividade ímpar. Até quando ele irá suportar? Salvem-no enquanto é tempo. A cidade de Campos e os médicos agradecem! Urgentemente, necessitamos de quatro clínicos gerais (dois nas UPGs), dois cirurgiões vasculares, quatro pediatras, etc., por plantão de vinte e quatro horas.

  8. Um médico com todo o gabarito exigido para funcionar na EMERGÊNCIA, leia-se, SALVAR VIDAS, deverá ter no mínimo um piso salarial I mensal compatível com o de qualquer procurador, R$7.500,00 (sete mil e quinhentos reais), por vinte e quatro horas semanais.

  9. Eliminar, de uma vez, qualquer intervenção (atendimento) no corredor. Isto é desumano e ineficiente, sem contar com o constrangimento impingido a todos: médicos, pacientes, etc.

  10. A figura do médico e de seu trabalho, de antemão, não o capacita a funcionar como outro empregado qualquer, pois ele não pode parar um atendimento (cirúrgico ou não), porque findou o seu horário de trabalho. Por isto, e por outros critérios de formação e obrigação, solicitamos o ponto em folha (retorno). Abaixo o digital para grupamento médico.

  11. O acesso à UTI, em pacientes graves, deve ser sempre prioritário, evitando-se sempre que as UPGs possam funcionar como UTI. Para que isso não ocorra, deve-se utilizar a rede de saúde disponível, com melhor critério possível, regulamentando¬-se a entrada, a procura e a aceitação de pacientes ambulatoriais no Hospital, direcionando e cobrando resolutividade na rede desta cidade. Os postos e hospitais têm que funcionar a todo vapor, pois isto ocorrendo, ainda teremos tempo de salvar o HFM.

  12. Por fim, solicitamos em nome da medicina do futuro em nossa cidade, o retorno, aí sim, supervisionado e com tutoramento dos médicos que aqui trabalham (melhor hospital de emergência de uma imensa região) dos internos dos 5º e 6º anos, como forma de aprendizado, propondo, como não poderia deixar de ser, uma formação com responsabilidade, ficando a parte financeira a cargo do gestor e por que não, dividindo, parte de seu custo com a Faculdade de Medicina, pois, como sabemos, o curso de Medicina necessita do trato direto com a prática in loco, sem o qual os futuros médicos não serão confiáveis, acarretando sérios danos à população futura. Pensem: seus filhos e netos serão atendidos por eles.
Certos de que as reivindicações fazem parte de um cuidado democrático na luta em prol de uma medicina de qualidade, sustentado no mais puro sentimento de saúde e igualdade para todos, despedimo-nos acreditando que muita luz cairá sobre a cabeça de todo aquele que se encontra em cargos públicos responsáveis por decisões importantes e futuristas. Aguardemos...
Assinamos:
Médicos do Hospital Ferreira Machado, na luta por dignidade e melhores condições de vida humanizada.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

MÉDICOS DENUNCIAM FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO EM QUISSAMÃ E SÃO JOÃO DA BARRA

Médicos das Prefeituras de Quissamã e São João da Barra denunciam falta de condições de trabalho e casos de assédio moral. Convocamos os colegas para reunião com a diretoria e os advogados do Simec no dia 08/06/10, às 18 h na SFMC.  Compareçam!