CAMPANHA POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E SALÁRIOS CONTINUA: SIMEC VAI DIVULGAR MANIFESTO
Negociações com a PMCG são cordiais, mas sem avanço nos pontos principais da nossa pauta de reivindicações. Em reunião realizada no dia 21/07/2011 com diretores do SIMEC, o Prefeito em exercício Dr. Chicão e o Secretário de Saúde Dr. Paulo Hirano reconheceram a justeza das nossas reivindicações, mas pouco puderam apresentar na direção da sua concretização.
A recém-criada Fundação Municipal de Saúde que substituirá as Fundações João Barcelos Martins e Geraldo Venâncio foi apresentada como facilitadora de avanços na implantação do regime jurídico único, do PCCS e da isonomia salarial para os seus funcionários. Será responsável por todas as unidades de urgência do município que funcionarão dentro de uma mesma filosofia.
O PSF não está conseguindo contratar médicos devido aos salários incompatíveis com as exigências de carga horária. Alternativas como flexibilização de carga horária e contratações sem concurso tem sido estudadas pela Secretaria de Saúde.
Novamente a lei de responsabilidade fiscal e a insegurança em relação ao futuro dos royalties foram apresentadas como empecilhos para mudanças na política salarial.
O Secretário de Saúde solicitou o auxílio do SIMEC na fiscalização da rede contratualizada que não está cumprindo o combinado.
Estão programadas reformas ou unidades novas em Ururaí, Travessão, PU Saldanha Marinho e C.A. São José. O PS do Hospital Ferreira Machado está sendo reformado.O SIMEC foi convidado a visitar as UBS reformadas pela SMS.
No dia 22/07/2011 recebemos um ofício do Coordenador da Emergência do Pronto Socorro do Hospital Ferreira Machado solicitando o auxílio do SIMEC e da Seccional do CREMERJ devido a superlotação e a falta de condições de trabalho naquela unidade, situação que, pelos documentos apresentados, se arrasta há meses sem solução.
A matéria publicada no portal da prefeitura no dia 21/07/2011 e reproduzida pelo jornal “O Diário” no dia 23/07/2011 com a manchete capciosa “Sindicato dos Médicos reconhece avanços na saúde” não retratou o conteúdo da reunião dos diretores do SIMEC com o Prefeito em exercício e o Secretário de Saúde e deixou indignada a Diretoria do SIMEC que enviou ofício ao jornal contestando a mesma.
Os problemas de gestão e de subfinanciamento, apesar do discurso e dos números apresentados pelo Secretário de Saúde são evidentes. O PSF continua sem funcionar, o PS do HFM continua superlotado, faltam vagas de terapia intensiva, hospitais não cumprem o combinado e a prefeitura atrasa pagamentos.
O PCCS continua sem ser implantado, o piso salarial é baixo, permanece a desisonomia salarial e a duplicidade de regimes jurídicos.
Permanecem a não substituição dos médicos em férias e nas faltas. As gratificações não são incorporadas aos salários e aposentadorias. A precarização do trabalho médico, sem concurso, e as terceirizações continuam.
A afirmação do Secretário de Saúde de que a prefeitura gasta 25% do seu orçamento com a saúde carece de comprovação. Os indicadores de saúde não são divulgados. Falta transparência.
O Presidente do SIMEC continua sendo processado pela Prefeita Rosinha.
O SIMEC só poderá reconhecer avanços na saúde quando as reivindicações dos médicos da PMCG forem plenamente atendidas. Para tanto estamos divulgando um manifesto assinado pelos colegas e um questionário perguntando pelos próximos passos, com a opção/indicativo de greve, a serem decididos na próxima AGE a ser realizada no dia 23 de agosto de 2011, terça feira, às 19 h no auditório da SFMC.