CAOS
     Estivemos visitando o Pronto Socorro do Hospital Ferreira Machado na 4ª  feira dia 22/06 para apurar denuncias da assembleia do dia 21/06, de  que o barulho das obras realizadas naquela unidade estaria além do  tolerável, tornando insuportável o trabalho naquele local.
     Encontramos o caos! Pacientes em todos os leitos; quase vinte pacientes  típicos de terapia intensiva, seis deles numa enfermaria comum, todos  que estavam na Unidade de Paciente Graves (que não é uma unidade de  terapia intensiva) encontravam-se em ventilação mecânica. 
     O corredor encontrava-se lotado de pacientes em macas aguardando  transferências para a rede conveniada/contratada sem sucesso.
     O PS do HFM, como referencia regional de trauma, recebe pacientes de  toda a região estando superlotado, com a sua capacidade esgotada e tem  dificuldades a cada dia maiores para transferir os pacientes após sua  estabilização. Em resumo: uma “represa” com uma grande porta de entrada  quase sem portas de saída.
     É nas emergências que aparecem as falhas e mazelas de um sistema de  saúde. Se os programas básicos de prevenção e promoção da saúde, a  assistência primaria e secundária não funcionam, se a vigilância  sanitária, saneamento, educação etc. deixam a desejar, suas  consequências sobrecarregam o pronto socorro com o aumento do número de  casos de doenças graves como acidentes vasculares cerebrais, infarto  agudo do miocárdio, doenças infecciosas graves, intoxicações, acidentes  de transito, violência etc. 
     O desgaste provocado pela sobrecarga de trabalho no PS do HFM é muito  grande. Há manifestações de desesperança entre os colegas. É difícil  encontrar médicos para cobrir as folgas e as faltas. Algumas equipes  estão desfalcadas. Muitos adoecem, outros pedem demissão. Os que ficam  são guerreiros!
    A situação dos pacientes é dramática. Inaceitável.
     Acreditamos que é possível encontrar e implementar medidas imediatas  que possam minimizar e resolver a situação descrita e pretendemos  discuti-las com os gestores e setores da sociedade. Para tanto estamos  articulando uma visita conjunta do SIMEC, CREMERJ, VICE-PREFEITO,  SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, DIRETOR DO FERREIRA MACHADO E MINISTÉRIO  PUBLICO ao PS do HFM para a próxima semana. 
    Ainda não perdemos a esperança!

4 comentários:
Só no Ferreira. Se lá é o caos imagina o HGG e o P.U de Guarus!! O sindicato precisa representar a classe em sua maioria, sem dicotomias. Para isso basta a atual gestão na Prefeitura e na Fundação Joao Barcelos Martins. Tem médico em outros postos da fundação tb!!!
A pauta de reivindicações enviada à Prefeita Rosinha e discutida com o Vice-Prefeito e o Secretário de Saúde engloba todos os médicos da PMCG. Pretendemos visitar novamente todas as unidades e contar com o apoio e a mobilização dos colegas. Obrigado pelo comentário. Saudações Sindicais.
São freqüentes as queixas dos colegas em relação ao sindicato. De acordo com a visão deles e minha, o sindicato só se mobiliza quando o problema está no HFM, enquanto as outras unidades possuem problemas mais sérios e graves e nada é feito. Eu sei que é muito difícil para a diretoria do sindicato estar presente em todas as unidades de saúde do município, portanto gostaria de sugerir duas coisas a nova diretoria do sindicato dos Médicos; a) que fizessem uma campanha de sindicalização em cada unidade de saúde do município; b) que elegessem (de preferência) ou indicassem representantes do sindicato (delegados) em todas as unidades de saúde do município, aproximando assim o sindicato dos médicos e do seu dia a dia.
Um abraço, e espero estar contribuindo para o fortalecimento do movimento médico que está se iniciando no município
Não sou da classe. Mas tenho acompanhado a luta desta respeitada classe, e o que tenho obsevado nos jornais é que poucos médicos participam das assembleias. O Simec como é chamado o Sindicato dos Médicos, sozinho sem apoio de todos os seus associados não vai ter grandes vitórias, por isso vocês da classe acordam e vam a luta.
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