OS MEDICOS NA LUTA EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA
As decisões anunciadas pelo Governo que afetam a saúde pública brasileira demonstram a incompreensão das autoridades ao apelo manifesto nas ruas. A vinda de médicos estrangeiros e a abertura de mais vagas em escolas médicas são medidas irresponsáveis, por expor a parcela mais carente e vulnerável da nossa população a profissionais mal formados e desqualificados.
A reação das entidades médicas simboliza a resistência dos profissionais e dos cidadãos ao estado de total abandono que afeta a rede pública. Não é possível acreditar que medidas midiáticas dessa ordem resolverão o acesso e a qualidade do atendimento nos serviços de saúde. Não se trata de ação corporativista, mas corporativa, no sentido de unir a força das entidades em prol do bem comum e da vida dos brasileiros.
Por isso, nesta terça-feira (26), os representantes de conselhos, associações, sindicatos e sociedades de especialidades médicas, reunidos em São Paulo, decidiram por consenso intensificar a luta em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e pelas condições para o pleno exercício da Medicina. Portanto, seguem medidas que deverão ser colocadas em prática e que, sob nenhum aspecto, querem a penalização do paciente, já tão prejudicado pelo abandono do Governo. Dentre as ações constam:
1) Mobilização nacional dos médicos e da sociedade no dia 3 de julho (quarta-feira) em defesa do SUS e da Medicina de qualidade. Estão previstos passeatas, protestos, caminhadas, atos públicos e assembleias em todos os Estados para alertar a população para o problema. Locais e horários serão divulgados pelas entidades estaduais;
2) Apoiar a aprovação urgente da PEC 454 em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê uma carreira de Estado para o médico (semelhante ao que ocorre no Judiciário), único caminho para estimular a interiorização da assistência com a ida e fixação de médicos em áreas de difícil provimento;
3) Incentivar a coleta de 1,5 milhão de assinaturas para tornar viável a apresentação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular Saúde + 10, que prevê mínimo de 10% da receita bruta da União em investimentos na saúde;
4) Defender a derrubada do Decreto Presidencial 7562, de 15 de dezembro de 2011, que modificou a Comissão Nacional de Residência Médica, tornando-a não representativa e refém dos interesses do Governo, o que sucateou a formação de médicos especialistas no país;
5) Atuar contra a importação de médicos estrangeiros sem revalidação de seus diplomas com critérios claros e rigorosos, conforme a prática mundial e o previsto na legislação vigente. Defendemos o uso do Programa Revalida, do Governo Federal, em seus moldes atuais;
6) Vistoriar as principais unidades de saúde do país, encaminhando denúncias ao Ministério Público e outros órgãos de fiscalização, revelando a precariedade da infraestrutura de atendimento que afeta pacientes e profissionais.
As entidades médicas informam que nesta semana estará disponível o site SOS Saúde (www.sossaude.org.br), onde médicos, profissionais da saúde e a população poderão apresentar denúncias (com relatos, fotos e filmes). Este será um espaço público para divulgar a situação precária da rede pública em todo o país.
Finalmente, as entidades declaram o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como persona non grata para a sociedade por adotar medidas eleitoreiras que colocam em risco a vida e a saúde dos brasileiros.
São Paulo, 26 de junho de 2013.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA (AMB)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MÉDICOS RESIDENTES (ANMR)
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS (FENAM)
3 comentários:
Nem sempre a defesa da saúde pública combina com a defesa da corporação. É este o caso.
Se o problema da saúde pública é, antes de tudo, financiamento, como já nos ensinaram gestores como Jamil Haddad, Adib Jatene, e tantos outros, fica a pergunta:
Onde está a luta dos médicos pelo fim do desconto no IRPF para financiar os planos e seguradoras de saúde, e as consultas privadas para a classe média e a elite?
Defender SUS e medicina de qualidade sem dizer como fazer, ou de onde vem o recurso é, no mínimo, leviandade.
Carreira de Estado? É bom lembrar que os ocupantes de carreira de Estado não podem atuar na iniciativa privada, nem que indiretamente!
Médicos "de Estado" não poderão dar expediente em consultórios particulares ou clinicar para planos e empresas de saúde, ainda que filantrópicas!
Vão querer apenas os privilégios da carreira de Estado, sem os deveres?
Onde está a proposta para que planos e empresas de saúde restituam os valores gastos pelo SUS (já existe inclusive lei neste sentido) com os segurados e cooperativados de planos de saúde?
Que tal um esforço nacional das entidades médicas para julgar os casos de erros médicos pendentes nos conselhos, junto com a ação fiscalizadora das infraestruturas médicas ao redor do país?
Afinal, pau que dá em chico, não baterá em francisco?
Por que é tão difícil processar e julgar médicos e seus erros? Afinal, são infalíveis?
Com aumentar a oferta de médicos? Como resolver nossa proporção de 1,09 médico por mil habitantes, uma das mais baixas do mundo, sendo que 60% destes profissionais estão no sul-sudeste?
Infelizmente ou felizmente, o problema da saúde pública extrapola em muito as demandas corporativas da categoria médica!
No andar da carruagem, os médicos caminham cada vez mais para se tornarem ainda mais desrespeitados!
Enfim, a imposição de veto ao ministro só revela que se trata mais de uma disputa "contrabandeada" pela hegemonia na pasta ministerial, ou seja, querem derrubar o ministro para satisfazer os projetos de outros grupos, o que é legítimo, desde que colocado ás claras...ao contrário do que vem sendo feito!
O golpe dos médicos cubanos. A verdade que escondem
Médicos cubanos na Venezuela são monitorados, sobrevivem em favelas ou são agentes espiões de Cuba. Mais de 2 mil já fugiram. Fidel Castro fica com 95% dos salários, pagos, em parte, com petróleo e derivados.
O episódio de Lula abraçando o ladrão e pisando nas vítimas, devolvendo para as masmorras de Fidel Castro os dois atletas que tentaram exílio logo aqui durante os jogos Pan-americanos, seguido da guarita ao assassino italiano Cesare Battisti é mais um passo das artimanhas, armadilhas, mentiras, engodos dos que apossaram-se do poder nesse ex-nosso Brasil.
A encenação a respeito da importação de médicos de Cuba, mesmo que para isso seja preciso queimar, jogar no lixo, incinerar a legislação como tornou-se contumaz, esconde outras armadilhas, usando as vítimas cubanas para formar novas vítimas no Brasil.
30 mil médicos monitorados e favelados
A Venezuela importou médicos. Calcula-se que haja mais de 30 mil atuando no país vizinho. Vivem em grupo de 4 em 30 metros quadrados onde dormem, cozinham e fazem as necessidades. Em favelas, que abundam em Caracas.
Fazem parte do Barrio Adentro, Programa de saúde primária elaborado em 2003 por Fidel Castro e copiado imediatamente por Hugo Chávez na tentativa de fortalecer sua popularidade num momento em que a oposição planejava um referendo revogatório contra ele.
Cada um desses médicos custa ao povo venezuelano 11.400 dólares por mês. Desse valor, o profissional tem direito a 230 dólares para sobreviver. Sua família, recebe 46 dólares. Mas fica presa, como refém na ilha de Fidel, uma garantia de que o médico não irá fugir.
O restante, 11.124 dólares, Fidel embolsa para manter-se como sétimo presidente mais rico do mundo, segundo a revista Forbes.
É mais um golpe embusteiro de um governo embusteiro.
O que o Governo Dilma e o PT pretendem, é importar escravos de Fidel Castro, e enviá-los para os lugares que nem ele, Governo, vai. Nos cafundós abandonados por esse próprio governo.
E o fato de serem cubanos, reforçam a ideia de que a missão é, acima de tudo, disseminar a doutrina comunista de Fidel Castro, implantá-la nas bases menos assistidas, com promessas de paraíso como faz Castro há 60 anos.
Pretendesse saúde, o Governo forneceria saneamento, construiria e equiparia hospitais; daria condições de trabalho, salários dignos, condições de vida para os profissionais brasileiros.
Dinheiro pra Fidel, esmola para o médico e família
Brasileiros, a próxima vítima.
http://www.blogdojua.com/2013/05/o-golpe-dos-medicos-cubanos-verdade-que.html
http://www.youtube.com/watch?v=2v44EbYRLgE
Bem, eu esperava provocar um debate mais equilibrado e bem embasado que este tipo de reação permitida em um site de um sindicato da categoria médica.
Vejam...não há nada demais em oferecer um contraponto conservador, e defender o corporativismo! Mas com argumentos, fatos, dados!
Mas com este nível aí em cima? Santo deus!
Pelo que vejo, tristemente, confirmam-se as minhas sombrias expectativas sobre a representação da categoria médica...uma pena.
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