Mobilização pela saúde em 3 de julho: Vamos às ruas lutar por um SUS melhor!
Ilustre Associado(a),
As entidades médicas de Campos (CREMERJ/SIMEC/SFMC) irmanadas com as entidades médicas nacionais (AMB / CFM / CRMs / FENAM / ANMR)
Convocam todos os médicos para participar da MOBILIZAÇÃO em prol da saúde no dia 3 de julho às 16 horas em frente a Faculdade de Medicina de Campos em frente ao Hospital Ferreira Machado, está marcado o movimento local para protesto contra o abandono do SUS e contra medidas que expõem a vida e o bem estar da população.
Sua presença é fundamental, assim como deve nos ajudar a levar o maior número possível de pessoas para este protesto.
Contamos com você.
SFMC - SIMEC - CREMERJ
Hoje, 01/07 às 20 horas na sede da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia nos reuniremos para programarmos a mobilização.
Sua participação é fundamental.
Att,
SFMC - SIMEC - CREMERJ
ATUALIZAÇÃO EM 02/03/2013
3 comentários:
MÉDICOS DE VENEZUELA E BOLÍVIA CRITICAM EXPERIÊNCIA DE 'IMPORTAR' CUBANOS
Representantes de entidades médicas dos dois países relatam problemas vividos durante os programas Barrio Adentro e Operación Milagro
Representantes dos médicos da Venezuela e da Bolívia vieram ao Brasil, a convite do Conselho Federal de Medicina, para contar em um fórum a experiência de seus países com a “importação” de médicos. As associações médicas brasileiras têm se posicionado contra a decisão do Ministério da Saúde de trazer médicos estrangeiros para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no interior do Brasil.
Cruz contou que o corpo médico boliviano exigiu a documentação dos médicos cubanos, mas ela nunca foi apresentada.
“Não conseguimos nem uma lista com a especialidade de cada médico cubano”, afirmou.
“Barbeiragens”
Tanto Natera quanto Cruz citaram ao iG casos emblemáticos de erros grosseiros por parte dos médicos cubanos nos dois países. Na Venezuela, um rapaz teria morrido após tomar uma injeção de dipirona.
“Um rapaz de 18 anos chegou ao módulo do Barrio Adentro com 41 graus de febre. A mãe relatou que ele tinha febre e mal estar geral há dois dias. Também disse que ele era alérgico a dipirona. Então o cubano disse que primeiro se tratasse a febre e injetou dipirona na veia do rapaz. Em cinco minutos ele estava morto por uma reação anafilática. No dia seguinte, o cubano não estava mais lá”, denunciou Natera.
Cruz contou de camponês da região de Alto Chapare, Agustin Tucuiarpe, de 36 anos, que foi levado de avião a Cuba após um erro médico da Operación Milagro. Ele caiu de uma árvore, mas quando chegou à emergência do hospital não fizeram os exames adequados e tiraram o rim dele, sem se darem conta que ele tinha apenas um rim.
“Em março de 2008 a embaixada de Cuba e o governo tiraram o paciente do hospital e supostamente o levaram de avião para Cuba, mas nunca mais tivemos notícias da vida daquele paciente”, disse o médico.
Cruz e Natera defenderam que a “importação” de médicos cubanos não é uma solução para os problemas de saúde do Brasil.
“Acredito que é político, há um interesse do governo brasileiro em atacar um problema que eles mesmos criaram e que, por incompetência ou corrupção, ainda não resolveram”, criticou Natera.
http://www.defesanet.com.br/al/noticia/11344/Medicos-de-Venezuela-e-Bolivia-criticam-experiencia-de--importar--cubanos/
É...parece que o desespero tomou conta dos médicos brasileiros!
Quem sabe daqui à pouco, não vão começar a pipocar "notícias" de abusos sexuais ou antropofagia por médicos cubanos?
O que fica sem explicação são os dados:
Mortalidade infantil brasileira em 2010 - 22 a cada mil nascidas!
Cuba - 5 a cada mil nascidas!
Expectativa de vida em CUba - 78 anos.
Brasil - 74!
Bem, estes médicos cubanos devem ser, de fato, uns açougueiros, não é verdade?
Principalmente se considerarmos suas condições de vida (e de trabalho) e as do Brasil...
Dilma, deixa eu te falar uma coisa! Este ano completo 7 anos de formada pela Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior. Inclusive hoje, não moro mais num grande centro. Já trabalhei em cada canto...
Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira. Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão. Por que comprei? Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves. Você sabe o que é puxadinho? Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos. Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira? Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria? Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida (não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima qualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.
Já esperei 12 horas por um simples hemograma. Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia. Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido. Já fui ambuzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada. A ambulância não tinha nada..
Tem mais, calma! Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.
Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né? E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez. Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...Já vi gente morrer! Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital? Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador? De sepse, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI? A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições. Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi! Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!
E você sabe bem disso. Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada. É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo... As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas... Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento!
O problema do interior não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Na tua cara e dessa corja que te acompanha! Não é só salário que a gente reivindica. Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina. E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.
Quer um conselho? Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês! Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou! Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!
Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!
Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio-RJ
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