sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Geral - Em coletiva, sindicato aponta falta de pagamento dos médicos Folha da Manhã Online

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Em coletiva, sindicato aponta falta de pagamento dos médicos

Jhonattan Reis
Fotos: Genilson Pessanha
“Médicos receberam salários pela última vez referentes a abril”. A informação é do presidente do sindicato dos Médicos de Campos (Simec), José Roberto Crespo, que concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (11). Seriam mais de 60 profissionais na situação apenas nas Unidades de Terapia Intensiva (UITs) das instituições. Na coletiva, foi indicado que a Prefeitura estaria devendo cerca de R$ 12 milhões à Santa Casa e R$ 5 milhões à Beneficiência. Uma assembleia está marcada para a próxima sexta-feira (18), para definir os próximos passos da categoria, que chegou a falar em suspensão de serviços, segundo o sindicato.
— Precisamos denunciar que até hoje não se resolveu nada em relação aos repasses dos pagamentos dos profissionais médicos dos hospitais conveniados. Os atrasos continuam. Os profissionais trabalham e não recebem, sendo que também não há previsão pra isso. Não vemos interesse do sistema público e nem das instituições hospitalares em resolver a situação. Sabemos que existe uma crise na saúde brasileira, mas Campos é um município diferenciado, pois tem royalties há 20 anos. Isso acontece por faltas de visão, investimento e compromisso. A saúde é cara, mas é prioridade — disse José Roberto, ressaltando que “o último repasse feito aos médicos foi feito no último dia 30 de novembro, referente a abril de 2015”.
De acordo com o vice-presidente do sindicato, Ezil Batista Reis, seriam mais de 60 profissionais nessa situação somente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). “Essa é a área que eu trabalho. Ainda tem os plantonistas da pediatria, de obstetrícia, clínica, admissão dos hospitais e vários outros. A maior parte dos médicos que trabalha por Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA) está com os salários atrasados”, disse ele, que afirmou, ainda, que na assembleia “o sindicato irá denunciar a situação, os contratos rompidos e alertar a população que há a possibilidade de UTIs, clinicas e enfermarias deixarem de receber doentes e parar de funcionar”.
Ainda segundo Ezil, teria sido combinado, este ano, que, “com a contratualização, o pagamento passaria a ser feito direto na conta do médico, o que não ocorreu”. “Os plantonistas estão há três meses sem receber. Isso vai acabar influindo nas filas de hospitais como Ferreira Machado e HGG. Os médicos querem receber tanto seus salários atuais quanto os atrasados. A categoria não aguenta mais trabalhar de graça”, disse.
Por meio de nota, a Superintendência de Comunicação disse que "a Prefeitura repassou, este ano, mais de R$ 125 milhões aos hospitais contratualizados. Desde 2010, foram pagos quase R$ 841 milhões. Novos pagamentos estão previstos para acontecer nos próximos dias. Caso haja discordância dos valores pagos, cabe ao hospital apresentar recurso junto à Secretaria de Saúde, de modo que se possa avaliar e auditar a existência de possíveis pendências".

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