Campos dos
Goytacazes, 19 de janeiro de 2017
Ao
MINISTÉRIO DA SAÚDE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR
MINISTRO RICARDO BARROS
A
SECRETARIA ESTADUAL DE
SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
ILUSTRÍSSIMO SENHOR
SECRETÁRIO LUIZ ANTONIO DE SOUZA TEIXEIRA JÚNIOR
Ao
CONSELHO REGIONAL DE
MEDICINA DO ESTADO DO RIO E JANEIRO
DOUTOR PABLO VAZQUEZ
A
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS
MÉDICOS
DOUTOR OTTO BAPTISTA
A
SOCIEDADE BRASILEIRA DE
MEDICINA TROPICAL
DOUTOR MARCUS VINICIUS
GUIMARÃES LACERDA
A
SOCIEDADE BRASILEIRA DE
INFECTOLOGIA
DOUTOR SERGIO CIMERMAN
A
SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
ILMª SENHORA SECRETÁRIA
DE SAÚDE
FABIANA DE MELLO
CATALANI ROSA
Febre Amarela - Riscos de epidemia e Solução Preventiva
As entidades médicas da cidade de
Campos dos Goytacazes do Estado do Rio de Janeiro (SIMEC – Sindicato dos
Médicos de Campos; FMC – Faculdade de Medicina de Campos; SBCMRJ – Sociedade
Brasileira de Clínica Médica - Rio de Janeiro; Vigilância e Saúde do Município
de Campos dos Goytacazes; AFMC – Associação Fluminense de Medicina e Cirurgia),
preocupadas com a situação atual do surto da Febre Amarela, que está atingindo
os estados de Minas Gerais (Região leste, Vale do Jequitinhonha, Mucuri e Zona
da Mata, Muriaé e outros) e Espírito Santo (Baixo guandu, Governador
Lindenberg, Colatina, Irupi, Castelo e outros), com avanço crescente da forma
silvestre da doença e com a possibilidade de transmissão para a forma urbana,
solicitam das autoridades públicas ( Ministério da Saúde e Secretaria Estadual
de Saúde do Rio de Janeiro) uma mobilização maior na distribuição de vacinas
para essa região, bem como para as regiões limítrofes.
Os dados epidemiológicos mostram 8
(oito) mortes confirmadas até o momento, 53 (cinquenta e três) mortes sob
suspeita, com 6 (seis) casos sob suspeita no litoral do Espírito Santo, e
aumento dos casos notificados, que chegam a 206 (duzentos e seis), associado ao
grande número de primatas mortos em surto, demonstrando o desequilíbrio ambiental existente no país.
Esta expansão possível para o litoral
do Espírito Santo é altamente preocupante, pois como município limítrofe,
Campos dos Goytacazes, que possui mais de 500 mil habitantes, sendo o maior
município do Estado do Rio de Janeiro, é cortado por duas rodovias federais (BR
101 e BR 356) ocasionando grande circulação de pessoas de todos os lugares do
país, inclusive dos locais onde são considerados áreas de risco.
Assim, é imprescindível a atuação das
autoridades no que tange a prevenção da doença, com fornecimento de uma maior
quantidade de vacinas bem como barreiras sanitárias em locais estratégicos.
Temos acompanhado várias declarações de
pesquisadores que preconizam incorporar a vacina contra febre amarela no
cenário nacional, talvez esse seja o momento de tal fato acontecer.
Considerando também que temos 4
(quatro) sorotipos da Dengue circulando no país, a adaptação do aedes aegypt em todos os povoados e
distritos dos estados do nosso país, a possibilidade da transmissão da febre
amarela urbana é iminente, principalmente em nossa região que faz divisa com as
áreas já afetadas.
Sabemos que se for iniciado esse
processo de transmissão não teremos controle da doença e poderemos viver um
momento de hospitalizações e um número elevado de óbitos pela febre amarela.
Por isso, vemos a necessidade de um
programa organizado de vacinação em nosso município e Região, pelo risco da
transmissão da Febre Amarela Urbana.
Esperando seu apoio e efetiva atuação.
Atenciosamente.
-
SINDICATO DOS MÉDICOS DE CAMPOS -
-
FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS –
-
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CLÍNICA MÉDICA - RIO DE JANEIRO –
-
VIGILÂNCIA E SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES –
-
ASSOCIAÇÃO FLUMINENSE DE MEDICINA E CIRURGIA -
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